Uma nova geração de fármacos destinada a estimular a luta do sistema
imunitário contra o cancro tem potencial para oferecer uma "cura
clínica" aos pacientes com cancro da pele, uma espécie de milagre médico
para os cientistas e para os doentes que, até há poucos anos, tinham
muito escassas hipóteses de sobrevivência.
A novidade foi apresentada este fim-de-semana durante a Conferência
Europeia do Cancro (ECC), em Amesterdão, onde os investigadores
explicaram que estes medicamentos imunoterapêuticos (em especial o
Yervoy, produzido pela farmacêutica o Bristol-Myers Squibb's e também
conhecido por ipilimumab) têm transformado e poderão continuar a
transformar esta área da oncologia.
Stephen Hodi, professor assistente de medicina no Dana-Farber Cancer
Institute, nos EUA, disse, na Holanda, ter algumas reservas em usar o
termo "cura", mas descreveu os mais recentes progressos como uma
"mudança de paradigma".
Segundo o especialista, citado pela Reuters, o sucesso da nova
geração de fármacos significa, pelo menos, que os pacientes com melanoma
poderão passar a viver com uma doença crónica em vez de enfrentarem uma
morte iminente.