Armindo Araújo vai ser o primeiro piloto português a integrar a principal categoria do mundial de ralis, estando a estreia ao volante do Mini WRC prevista para o Rali de Portugal, pelo que a motivação é “enorme”.
“Optámos por correr com a Mini, porque foi a que nos deu mais entrosamento com a equipa oficial, que deu mais garantias de termos material competitivo e a motivação de lutarmos com um carro com historial grande, que é o regresso do Mini ao campeonato do Mundo de ralis”, disse o piloto português, que correrá pela equipa satélite da Mini.
As diferenças para os carros oficiais só serão notórias na decoração.
“O meu carro será diferente dos pilotos oficiais apenas na decoração, o que me dará motivação para lutar com os pilotos oficiais e obter resultados, sabendo que, numa primeira fase, o que mais importa é desenvolver o Mini”, garantiu.
Bicampeão mundial no Grupo N (de produção), Armindo Araújo está ciente da exigência de conduzir um WRC.
“É uma nova etapa da minha carreira, terei de me habituar a estes carros mais exigentes e terei de crescer como piloto. Para termos uma ideia, este WRC será um segundo e meio a dois segundos por quilómetro mais rápido de que um carro do grupo N, as diferenças enormes e a exigência muito maior”,* frisou.
Armindo Araújo junta-se, este fim de semana, à equipa oficial no sul de França, onde se realizam os testes do Mini Countryman WRC.
Os pilotos oficiais da Mini, Dani Sordo e Kris Meeke, são tradicionalmente os principais adversários.
“Os nossos maiores adversários são os nossos colegas de equipa. E, sabendo que tenho um carro idêntico, gostaria de saber como estou situado em relação a eles. Eles já têm uma base de trabalho de alguns meses e eu só agora me juntarei à equipa, no sul de França, para os testes com a equipa oficial”, explicou.
Na Mini, Armindo Araújo não promete para já títulos, prefere, no entanto, trabalhar o novo bólide para que se torne o mais fiável possível.
“Os nossos objetivos iniciais não são lutar pelas vitórias, não são ganhar campeonatos, pois não é isso que o grupo Mini se propõe neste início de projeto idealizado a três anos. Dentro desse tempo, queremos ter primeiro um carro fiável, depois um carro que lute pelas vitórias prova a prova e, num terceiro cenário, sermos campeões do mundo com o Mini”, assegurou.
Aos 33 anos, vive a mais alta etapa da sua carreira, mas não esconde as dificuldades para alcançar o WRC.
“Foi muito complicado chegarmos a este ponto de entrarmos numa equipa como a Mini. Depois de termos sido duas vezes campeões do Mundo, queríamos dar o passo para o WRC e punham-se vários cenários e várias equipas. As negociações atrasaram-se um pouco devido à decisão de um patrocinador que se atrasou um bocadinho”, aclarou.
Apesar de ser o último piloto a integrar a equipa Mini, é Armindo Araújo quem fará a estreia do carro no mundial de Ralis e logo em Portugal, de 24 a 27 de Março.
“A equipa oficial só se estreará no Rali de Itália, mas no nosso contrato conseguimos que a Mini nos disponibilize um WRC para disputarmos o Rali de Portugal e assim, vamos estrear oficialmente o Mini WRC no Rali de Portugal com um piloto português”, concluiu.
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