sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Gaivotas invadem os céus do Vale do Sousa

Os céus do Vale do Sousa têm sido invadidos nos últimos meses por gaivotas de patas amarelas e d'asa escura. Já chegaram aos milhares as aves marinhas que se deslocam, em grupos, do seu habitat natural em direcção ao interior, à procura de alimento, mais propriamente no Aterro Sanitário de resíduos domésticos, em Lustosa.

As viagens diárias da grande maioria das gaivotas já não passam despercebidas e são muitas as pessoas que questionam o motivo do aumento gradual, com maior incidência verificada nos últimos meses.
No concelho de Paços de Ferreira é frequente observar uma gaivota a alimentar-se num contentor do lixo, aparentemente perdida do restante grupo. Mas o apurado sentido de orientação da ave leva-a a juntar-se ao grupo alguns minutos depois.
O IMEDIATO quis tentar perceber o aumento acentuado de gaivotas na zona do Vale do Sousa nos últimos meses, mas não encontrou uma explicação lógica. Este fenómeno surgiu "repentinamente", mas com um objectivo comum: o alimento. Na visita ao Aterro Sanitário de Lustosa de resíduos urbanos foi possível observar milhares de gaivotas a sobrevoar a zona e a criar uma fauna nunca vista por estas bandas. "Não há uma explicação para o repentino surgimento de milhares de gaivotas, mesmo sabendo que é comum procurarem os aterros porque é um local fácil para se alimentarem", referiu Rui Pires, engenheiro da Ambisousa, preocupado com o aumento abrupto desta espécie. "Já estamos a falar de um problema de saúde pública que tem de ser resolvida com alguma urgência e, por isso, estamos a pensar em colocar uma ave de rapina para as afugentar", adiantou.

ProcriaçãoA familiarização das aves com o ambiente do aterro sanitário levou-as a criar hábitos rotineiros que as permitem manter no local sem retornar às zonas costeiras. Este fenómeno permitiu a procriação no aterro, aumentando os índices de preocupação do responsável da Ambisousa.

Imediato

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